Pacotes Snap pelo Terminal - parte 1: intro e setup


Bom, nessa primeira postagem da série: "Pacotes Snap pelo Terminal", eu vou passar algumas observações, quanto ao uso dos pacotes Snap (algumas vezes comparando com os Flatpaks) e depois vamos ao setup (instalação do daemon snapd).

Recentemente eu fiz uma série sobre pacotes Flatpak: "Pacotes Flatpak pelo Terminal", exclusivamente aqui no blog (não fiz versão em vídeo no canal do YouTube) e então decidi fazer o mesmo com Snap. Aqui nós vamos focar nos comandos!

Intro (breve):
Assim como os Flatpaks, Snaps também são pacotes universais, ou seja, não são dependentes de distribuição (Ex: pacotes .deb são usados, exclusivamente, no Debian e derivados, o que seria o formato que muitos chamam de "nativo", dessa família de distribuições: Ubuntu, Linux Mint, Mauna Linux...). Além de não ficar preso em uma família de distribuições, formatos universais são ótimos para desenvolvedores empacotarem seus programas, usando um desses formatos, ao invés de ter que lidar com os inúmeros formatos nativos: .deb (Debian), .rpm (Fedora/RHEL), .pkg.tar.zst (Arch Linux) e etc. 

Algumas vantagens: snaps atualizam automaticamente, o que para alguns pode ser não ser uma vantagem (atualmente é possível desativar). Flatpaks não atualizam automaticamente (somente a título de comparação). Em algumas situações (pensa no Debian ramo stable, por ex), os programas universais terão versões mais recentes dos programas, do que os pacotes nativos, presentes nos repositórios oficiais. 

Desvantagens: programas empacotados como Snaps ou Flatpaks, normalmente, são bem maiores do que os formatos nativos, além de não terem uma integração tão boa no sistema quanto os formatos nativos. Com relação aos Snaps, que foram desenvolvidos pela Canonical, empresa por trás do Ubuntu, alguns usuários odeiam esse formato, simplesmente por esse fato, pois não gostam da empresa ou da distro. Outros reclamam da lentidão de inicializar um programa Snap, o que acontece, normalmente, na primeira vez em que roda o programa, depois inicializa mais rápido. O desempenho deles tem melhorado ao longo dos anos.

Mas é aí, eu devo usar Snaps? 
Após uma breve intro e algumas poucas vantagens e desvantagens, cabe ao usuário decidir, se, em uma situação ou outra, vale a pena usar algum esses formatos universais. O legal é a liberdade de escolha! Na minha opinião, sempre que possível, utilize os formatos nativos. Mas acho interessante, experimentar tanto os Snaps quanto Flatpaks, para você tirar as suas próprias conclusões.

Setup:
Algumas distribuições vem com suporte a pacotes Snap ativo, por padrão (ex: Ubuntu e seus flavours: Xubuntu, Kubuntu...). Outras você precisa fazer um pequeno setup, que consiste, basicamente, em instalar o daemon (serviço que roda em segundo plano), que é o pacote snapd e depois fazer log out, ou reiniciar a máquina.

Eu estou no Nobara (derivada do Fedora), não veio com Snap habilitado, por padrão. Ao digitar o comando:
snap version
para saber informações sobre a versão, a saída é a seguinte (a sua será parecida, caso você não tenha Snap habilitado):


Caso você tenha Snap habilitado, ou após fazer o setup (que vou indicar no link a seguir), vai aparecer algo assim:


Para fazer o setup, siga (no link abaixo) as instruções específicas para a sua distro:
https://snapcraft.io/docs/installing-snapd

Outros Links:
https://snapcraft.io/docs/quickstart-tour
https://snapcraft.io/docs/managing-updates

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